A FolioSet relacionou o Design e a história do livro através dos séculos focando em sua evolução, estética e forma para entender melhor como um objeto presente em nosso cotidiano de forma tão simples pode também ser complexo, arrojado e revolucionário em todos os âmbitos de sua existência.

Livros experimentais


Livros experimentais

Forma, apresentação e ousadia

Para muitas pessoas, pertencentes as novas gerações principalmente, pensar em livro é pensar em algo fora do cotidiano, chato, careta entre outras características não muito boas se podemos assim dizer, mas essa má fama é verdadeira? E se verdadeira, sempre foi assim?
Segundo a pesquisadora Ana Paula Mathias Paiva o livro nasceu experimental. A partir dos registros rupestres, das tabuletas romanas entre outros formatos, somos capazes de perceber as mudanças sofridas pelo livro durante sua história. O livro como conhecemos hoje passou por diversos costumes, estéticas, necessidades e conseqüentemente diversos formatos.
As experiências pós- Guthemberg nos trazem um formato bastante similar ao que temos hoje em dia, cadernos de folhas impressas frente e verso costurados, colados ou grampeados na lombada, mas mesmo após instituído tal formato novo modelos apareceram, como os girdie books ou livros de cintura, algo bastante próximo aos pocket books atuais, possuíam tamanho reduzido, capa flexível e foi usado por viajante durante  os séculos 13 e 17 no Oriente Médio, Europa e até mesmo no Brasil quando aconteciam os processos catequizatórios em meados do século 16. Também tivemos experiências que buscavam inovar e tornar a leitura menos previsível, os chamados livros lúdicos,nesse momento nos deparamos com o trabalhos de Jackie Morse e também de Charles Hobson que no vídeo abaixo cria em parceria com o poeta W.S. Merwin o livro “TREES” projeto que ilustra perfeitamente o funcionamento desses livros que leva o leitor a uma experiência descontraída e curiosa através de diversas tarefas propostas pelo artista. Seguindo uma estética bastante próxima a usada pelos livros lúdicos temos os livros brinquedo que com o uso de enfeites e até mesmo de truques tecnológicos como sons acionados por botões buscam chamar a atenção de seus leitores em geral crianças em fase de desenvolvimento intelectual.
Em 1971, Michael Hart inventa algo que só hoje está se tornando popular, os livros digitais ou e-books, esses aparelhos são a aposta do mercado para a atualidade, visando o hábito da leitura mais acessível e comum à nova geração.

 

 

 

 

 

 

Livros experimentais famosos:

UBU Roi – criado por Marcel Duchamp e Mary Reinolds durante a década de 30 é um estudo onde a forma é complementar ao conteúdo.














Red Books – Serie de livros de Andy Warhol contendo diversas fotos Polaroid feitas pelo artista. Aborda desde fatos cotidianos, imagens de famosos a fatos inusitados ousando tanto no conteúdo como na forma.

Poemóbiles – Criado por Augusto de Campos em parceria com o artista gráfico Julio Plaza entre 1968 e 74 é referencia quando falamos em poesia concreta. O livro é composto por diversos poemas objeto ao modos dos pop-ups, livros que possuem imagens que saltam das páginas a partir de dobraduras, recurso bastante usado também nos livros brinquedo